Geral

20º Encontro da Família Barcarollo foi realizado em Ouro

  • Jardel Martinazzo
  • 19/03/2024 15:44
139193522765f9f259a77718.62987131.jpg

Aproximadamente 250 pessoas participaram no domingo (17) do 20º Encontro da Família Barcarollo no município de Ouro. O evento ocorreu no salão comunitário da capela São João Batista, do bairro Parque e Jardim Ouro.

A programação iniciou com café da manhã, seguido por uma celebração, conduzida pelo Diácono Anoldo Gonçalves Walter e ao meio dia almoço. Ao decorrer do evento foi exposto um mural com fotos dos descendentes e um baú de recordações e com a história da família Barcarollo.

O 21º Encontro será realizado no município de Xanxerê, com dada ainda a ser definida.  

Núcleo Colonial do Governo aos Fundos de Nova Palmira

A chegada da Família Barcarollo no Rio Grande do Sul está registrada no livro "Registro nº 1 - Labirinto - Registro Borrador dos Colonos do Núcleo Colonial do Governo aos Fundos de Nova Palmira".

O referido livro contém o registro de colonos do Núcleo Colonial de Nova Palmira, no período de 1876 a 1879. Ele encontra-se sob a guarda do Memorial do Rio Grande do Sul, no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul.

No livro Povoadores da Colônia Caxias, segunda edição, dos autores Mário Gardelin e Rovílio Costa, Edições EST, 2002, encontra-se um expressivo volúme de informações sobre as famílias que imigraram para o Rio Grande do Sul, sendo uma referência obrigatória no estudo da história dos imigrantes. Esta segunda edição inclui os livros: Colônia Caxias: origens; e Registro dos Imigrantes do Núcleo Colonial de Nova Palmira: 1876-1879 (transcrição integral do livro "Registro nº 1 - Labirinto - Registro Borrador dos Colonos do Núcleo Colonial do Governo aos Fundos de Nova Palmira").

Pietro Barcarolo e Maria Maddalena Comin

Sob os números de ordem 4251 a 4260, na folha 138, está registrada a chegada ao Rio Grande do Sul, em 08/01/1878, da família de Pietro Barcarolo. Pietro, então com 41 anos, veio acompanhado de sua esposa Maria Maddalena Comin, 41 anos, dos filhos: Francesco, 15 anos; Antonio 12 anos; Evaristo, 8 anos; Marietta, 3 anos; Petronilla, 12 meses; e dos irmãos: Anna, 52 anos, solteira; Giovanni, 47 anos, solteiro; Maria, 45 anos, solteira. Verifica-se no referido livro a seguinte retificação, a lápis, sobre a família de Pietro: de Antonio (12 anos), para Antonia (12 anos); inclusão, sem número de ordem, do filho Antonio, 9 anos.

Francesco Barcarollo e Antonia D'Ambros

Sob os números 4268 a 4271, na folha 138, também está registrada a chegada ao Rio Grande do Sul, em 14/01/1878, da viúva Antonia D'Ambros, com 34 anos, acompanhada dos filhos Luigia, 11 anos; Francisco, 8 anos; e Giovanni, 6 anos. Antonia D'Ambros era viúva do italiano Francesco Barcarollo.

Informações sobre a viagem dos imigrantes das famílias de Francesco Barcarollo (casado com Antonia D`Ambros) e Pietro Barcarollo (casado com Maria Maddalena Comin)

a) partida da Itália: 10/10/1877, do porto de Gênova, com destino ao porto de Le Havre na França, a bordo do vapor Italiano "Itália";

b) escala na França: partida em 17/11/1877, do porto de Le Havre, a bordo do vapor "Henri IV", com destino ao porto do Rio de Janeiro, Brasil;

c) chegada ao Brasil: 13/12/1877, no porto do Rio de Janeiro. Na época os imigrantes eram encaminhados à hospedaria localizada na Ilha das Flores, aonde aguardavam o transporte até o destino previsto;

d) 08/01/1878: chegada ao Rio Grande do Sul, no acampamento do Núcleo Colonial de Nova Palmira. Ali aguardaram a definição dos lotes de terra e depois instalaram-se em Caxias do Sul.

Os familiares estão relacionados na folha 8 da lista de passageiros do vapor Henri IV. Observa-se que Antonia D`Ambros, viuva de Francesco Barcarollo, está registrada como "D`Ambross, Antonio". Na sequência, está relacionado "Barcarollo, Pietro" e seus familiares. Pietro era cunhado de Antonia D`Ambros.

Encontros da Família Barcarollo

A identificação das famílias, abaixo relacionadas, foi possível porque seus descendentes compareceram aos encontros da Família Barcarollo. A partir dos formulários de cadastro por eles preenchidos, e das certidões apresentadas (de nascimento, de casamento e de óbito), constatou-se que a Família era maior do que imaginávamos.

Giovanni Barcarolo e Amália Maria Donazzolo

As primeiras informações sobre Giovanni foram obtidas em sites de pesquisa na internet e também das certidões de seus filhos. Nasceu na Itália, em princípio no ano de 1872, filho de Andrea Barcarolo e de Anna Agostini. Já no Brasil, casou-se com Amália Maria Donazzolo em 18/04/1894. Dois de seus filhos mais velhos nasceram em Alfredo Chaves (Veranópolis-RS). Filhos, conforme informado por descendentes: Otilia, José, Luiza, Amadeo, Augusto, Inocêncio, João, Fiorindo, Camilo e André. Pelos formulários de cadastro recebidos, verifica-se que seus descendentes concentram-se no Oeste Catarinense (Chapecó, Xanxerê, Xaxim, Quilombo) e norte do Rio Grande do Sul (São Valentim, Erval Grande, Erechim).

Em 06/2018 foi identificado como ocorreu a chegada do Giovanni ao Brasil. Estas informações foram repassadas por Aloízio Costa, de Curitiba (PR), que é descendente da Anna Agostini, mãe do Giovanni.

Informações sobre a imigração

Giovanni Barcarollo, filho de Andrea Barcarolo e Anna Agostini, veio para o Brasil com 16 anos, acompanhando sua mãe Anna Agostini, seu padrasto Antonio Maragno e seus irmãos Angela (7 anos) e Girolamo (5 anos), filhos de Antonio e Anna. Partiram do porto de Gênova, na Itália, a bordo do navio Solferino. Chegaram ao Brasil no dia 19/12/1988, pelo porto do Rio de Janeiro.

Inicialmente ficaram hospedados na Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, conforme registrado na folha 94v do Livro 33. Tanto na lista de passageiros do navio Solferino, como no livro da Hospedaria, o nome do Giovanni está listado/incluído na família do imigrante "Maragno, Antonio".

Inicialmente a família estabeleceu-se na Colônia Alfredo Chaves em 08/02/1889, na 3ª Seção, 2ª Série Oeste, lote 112. Informações sobre a família de Antonio Maragno e Anna Agostini estão resgistradas no livro "Alfredo Chaves e seus imigrantes. Registros de 1888 a 1892", da EST Edições.

 
Dados do casamento de Giovanni Barcarolo e Amalia Maria Donazzolo

 
Local: Colônia Alfredo Chaves, no segundo distrito da Lagoa Vermelha (RS);

Número do registro: 101;

Data: 18/04/1894;

Idade Giovanni: 22 anos, nascido em Vicenza - Itália;

Idade Amalia Maria: 17 anos, nascida em Vicenza - Itália

Documento probatório: Certidão de Casamento de Giovanne e Amalia Maria.

Gaetano Barcarollo e Maria Fabbian

Por e-mail recebemos certidões sobre os descendentes de Gaetano e Maria Fabbian. Seus filhos imigraram da região de Borso Del Grappa-TV, partindo do porto de Veneza e desembarcando em São Paulo. Temos informações sobre dois filhos do casal: Domenico e Bernardo.

Domenico (Domingos) nasceu em Borso Del Grappa no dia 30/06/1878, casou-se no Brasil com Roza Biassolle em 04/07/1907 e tiveram 12 filhos: Ida, Antonio, Arlindo, Olga, Nilo, Irma, Maria, Noêmia, Geny, Caetano, Ema e Domingos. Domenico faleceu em Ribeirão Preto-SP em 07/08/1960.

Bernardo casou-se com Regina Paschoa e teriam tido os seguintes filhos: Júlio, Maria, Tereza, Florinda, Augusta, Melica e Constante. Fonte: Maria Augusta Soares Menoni.

Maria Barcarollo e Giácomo Bonatto

As informações sobre Maria e Giácomo foram obtidas no livro "Povoadores da Colônia Caxias", de Mário Gardelin e Rovílio Costa. Eles chegaram ao Brasil no dia 17/01/1881, acompanhados dos filhos italianos Antonio, 16 anos; Bernardo, 11 anos; Cecília, 9 anos; Lúcia, 8 anos; Domenico, 6 anos; Giovanni, 4 anos; filho brasileiro: Angelo. Adquiriram e estabeleceram-se no Lote 76 do Travessão Leopoldina.

 


Enquete