Os professores da rede Estadual de Ensino de Santa Catarina iniciaram uma greve nesta terça-feira (23), uma decisão firmada durante uma Assembleia realizada em 4 de abril. Na quinta-feira (18) foi realizada uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina e representantes do governo, mas nenhuma proposta foi apresentada para evitar a paralisação.

Em Capinzal, levantamentos da Capinzal FM no começo da manhã revelam diferentes cenários: na Escola de Educação Básica São Cristóvão, sete dos 39 professores aderiram à greve. Na Escola de Educação Básica Belisário Pena apenas uma professora aderiu. Na Escola de Educação Básica Mater Dolorum, alguns professores aderiram à mobilização (quantidade não informada), levando a adaptações nos horários. Nas três escolas o atendimento segue normalmente.

Em Ouro, na Escola de Educação Básica Silvio Santos, metade dos 40 professores aderiram à greve. O diretor, André Martinazzo, garante que o atendimento aos alunos continua, mesmo que adaptado, e observa que alguns alunos deixaram de comparecer às aulas sabendo da ausência dos professores. No período da manhã, 11 professores não comparecer e apenas 5 estão trabalhando.

Na Escola de Educação Básica Frei Crespim, apenas dois dos 18 professores de sala aderiram à greve até o momento, mantendo o funcionamento normal das aulas.

O movimento busca uma valorização da carreira, com ênfase na aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis e na descompactação da tabela salarial. Ademais, demandam a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias e a garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com o intuito de estender esse benefício a todos os profissionais da educação.