Texto de :

Zélia Maria Bonamigo
Jornalista, antropóloga
zeliabonamigo@uol.com.br

Coronavírus, mudanças no cotidiano, crianças distanciadas da escola, dos parques e das piscinas. Que fazer para transformar esses “novos” tempos disponíveis em agradáveis experiências? Seguem algumas sugestões:

Leia livros de literatura para as crianças. Na falta de livros em casa, pesquise na internet livros de Literatura infantil para baixar em PDF (Domínio Público).

Conte histórias que você mesmo conheceu ao longo da vida. Não somente na fase infantil as histórias costumam atrair interesses, mas em todas as faixas etárias. A frase “Era uma vez...” mexe com a curiosidade humana, desde sempre.

Convide as crianças para desenhar e pintar. Faça a brincadeira: “O que vamos desenhar?”. Semana passada, assisti a uma das aulas do Professor Fabio Campos, voltada para transformar este tempo de distanciamento, pelo Covid-19, em ganho de tempo.

Preocupado com os pais que precisam entreter as crianças em casa, exemplificou sobre a possibilidade de vivenciar com eles momentos inesquecíveis. A aula ficou gravada. Para se inspirar, você pode assistir por aqui:

Dê atenção aos idosos. Já que netos e idosos não devem permanecer juntos, nessa fase, você pode incentivar os mais velhos a fazer algum tipo de atividade manual, uma leitura de livros, jogos, e, por que não, o próprio desenho? Muitos idosos lamentam não terem aprendido a desenhar ou a pintar. Existem sites e canais na internet ensinando a fazer artes ou a aprimorá-las. Ajude-os a encontrá-los.

Um dos aspectos salientados na aula do Professor Fabio é exatamente o de aprenderem o “passo a passo” de um desenho, por exemplo, como segue:

a) Pergunte-se: “o que eu quero desenhar?” Se lhe vem como resposta algo assim: “Ah sempre quis desenhar meu gatinho, mas nunca consegui”, então, consulte sites de imagens, como o Google ou outros, de imagens gratuitas, e indique que tipo de gato você quer. E se você o quer parado ou saltando, alegre ou chorando.

b) Observe: Pegue um papel, um lápis e uma borracha, e comece observando bem o desenho. Você não vai copiar aquela imagem igual, claro, mas ela lhe dará uma ideia de como fazer o gato que deseja.

c) Sem desanimar: Se, no percurso, vier aquela frase: “Ah, caramba! Não vou conseguir...”, mande a frase embora e troque por esta: “Sim, eu vou conseguir”.

d) Escreva sobre seu desenho. Depois de conseguir fazer o desenho do bichinho, você pode desenhá-lo em outras posições e escrever a história dele. Não importa o quão lhe pareçam feios os rabiscos iniciais. Foi assim para muitos que conhecemos hoje como grandes artistas do desenho ou da pintura.

São algumas ideias, mas fazem grande diferença. Concorda?

E você? Como está aproveitando o tempo nestes dias em casa? Fazendo um diário?

Escreva para mim, assim poderá inspirar outras pessoas, neste espaço intercultural.

Vamos nessa?