Jornal A Semana

HÁBITOS E REFLEXÕES ESSENCIAIS PARA UM 2020 MAIS AGRADÁVEL

  • Douglas Varela
  • 24/12/2019 07:32
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2019, foi um ano ímpar em nossas vidas, carregando entre suas translações devaneios, sorrisos, lágrimas, superações, tragédias e conquistas. No anoitecer de ontem, enquanto organizava meus últimos materiais que trouxe de Concórdia eu estava pensando o quanto gosto desta época. As comemorações natalinas, reflexões, comidas especiais, reuniões familiares, redecoração de ambientes e a sensação de dever cumprido (para alguns), protagonizam dezembro, promovendo a análise de ações, bem como o planejamento de futuras.

Ao elencar quais fatos marcaram 2019, no Brasil e no mundo, pude constatar minha desesperança com o futuro. Senti-me quão pequena sou perante o universo que me cerca e que quanto mais aprendemos, menos respostas conseguimos. O máximo que conseguimos são respostas melhores. Por um momento, a tristeza abateu-me. Um novo ciclo se iniciaria e nenhuma certeza eu teria sobre meu futuro, o quanto decisões políticas influenciariam na minha vida ou até que ponto a maneira como as pessoas me tratam diz respeito aos problemas delas ou meus.

Porém, Sócrates, um dos principais filósofos, passou pelos mesmos dilemas. Na Grécia Antiga já dizia que sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância. Então, em um ano que a importância da educação foi questionada, novos políticos assumiram o poder, novamente ambientes culturais, naturais, históricos e artísticos incendiaram, grandes ícones morreram e que o meio ambiente sofreu tragédias irreparáveis, comecei a refletir que nada está fixo. Tudo é susceptível, breve e frágil.

E como diria Harper Lee, em o Sol é Para Todos, ninguém gosta de ler até o dia em que tiver medo de não poder mais ler, ninguém ama respirar. Penso, desta maneira, que para o próximo ano, precisamos estabelecer metas e batalhar por nossos sonhos. Porém, sobretudo, devemos reconhecer o que temos e sermos gratos. Afinal, geralmente, só conseguimos dar o real valor para o que temos, após perder.

E neste ano que passou-se, intitulado pela ONU como o Ano da Tabela periódica, onde completaram-se 150 anos que Mendeleev exausto, caiu adormecido sobre sua mesa de trabalho e teve um sonho que lhe anunciava a chave para montar a Tabela Periódica dos elementos, que possamos, para 2020, nos dedicarmos ainda mais aos estudos dos problemas da contemporaneidade, transformando-os em soluções inteligentes.

Que sejamos capazes de nos soltarmos das amarras da racionalidade e enxergar para além daquilo que nossos olhos nos permitem ver. Que consigamos planejar novos objetivos, mas acima de tudo, sermos gratos por tudo o que já temos.

Que o novo ano seja repleto de aprendizados, novas experiências, diversas amizades, viagens, imersões culturais e que nos permitamos a análise através de novas perspectivas.

Agradeço, sobretudo, aos leitores que acompanharam minhas colunas este ano, tornando meu sonho uma realidade.

Desejo, por fim, que 2020 seja um campo farto para prosperidades financeiras, intelectuais, religiosas e amorosas. Recomendo que passem mais tempo com quem amam, leiam bons livros, assistam documentários, aprendam novos idiomas, dediquem estudos para áreas que possuem dificuldades, sejam curiosos e não esperem perder para então dar valor. Elogiem bons trabalhos, usem seus talentos para o benefício da sociedade e não economizem afeto.

Afinal, os tesouros mais precisos são os mais simples.

 


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