Justiça

Processos que pedem cassação de Sergio Moro começam a ser julgados hoje

  • Gabriel Leal
  • 01/04/2024 11:09
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As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que pedem a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) começarão a ser julgadas às 14 horas desta segunda-feira, dia 1º, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), em Curitiba, presencialmente.

O TRE também reservou a quarta-feira, dia 3, e a próxima segunda-feira, dia 8, para o julgamento dos processos. A data exata da conclusão vai depender da velocidade dos votos da corte, ou seja, o julgamento tanto pode durar os três dias, como pode terminar antes.


Uma das ações acusa Sergio Moro de "desequilíbrio eleitoral causado pela irregular pré-campanha [...] desde o momento da filiação partidária de Moro com lançamento de pré-candidatura ao cargo de presidente", até o resultado final que o elegeu senador pelo União Brasil.


A outra ação diz que há indícios de que Moro utilizou de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construção e projeção da própria imagem enquanto pré-candidato de um cargo eletivo no pleito de 2022.

A ação também diz que há indicativos de que, junto ao suplente Luis Felipe Cunha, "realizaram triangulação de valores do fundo partidário e do fundo eleitoral também entre os dois partidos políticos pelo qual ele foi pré-candidato".


Sergio Moro entrou na política após ganhar projeção nacional sendo o juiz responsável pelos processos da Lava Jato. Ele foi eleito com 1,9 milhão de votos. Os processos contra o senador foram movidos pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança - FÉ BRASIL (PT/PCDOB/PV) em novembro e dezembro de 2022.


No curso dos processos, o senador negou as acusações. Em dezembro de 2023, ao prestar depoimento presencial no TRE, afirmou que as acusações são levianas e que fez tudo "segundo as regras". A equipe de Moro disse que o senador não vai se manifestar e não confirmou se ele participará, ou não, do julgamento.

Créditos: Oeste Mais


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