Medo, aflição, tensão, dor e revolta. Esses são alguns dos sentimentos de quem presenciou uma das maiores catástrofes climáticas do país. Há exatos 37 anos, em 07 de julho de 1983, cerca de 135 cidades catarinenses foram atingidas pela enchente, deixando quase 200 mil desabrigados e pelo menos 49 mortos (não há um número oficial).

Na época o município de Capinzal era jovem, com apenas 34 anos de emancipação político administrativo e tinha como prefeito o saudoso Celso Farina. Já a vizinha cidade de Ouro, um pouco mais nova, com 20 anos, era administrada pelo prefeito Domingos Antônio Boff.

O mesmo Rio do Peixe, encarregado pelo abastecimento de água as duas cidades, tanto para o consumo humano, como dos animais e a produção agrícola, foi o responsável pelo sofrimento de milhares de pessoas.

A região mais atingida foi a Rua Beira Rio, onde hoje existe a Área de lazer Dr. Arnaldo Favorito. Ao todo, 76 casas acabaram desaparecendo com as águas, deixando mais de 100 famílias desalojadas. Na cidade de Ouro, os maiores problemas ocorreram no bairro Parque e Jardim Ouro. Felizmente foram somente danos materiais.

A tragédia abalou a situação psicológica e econômica das famílias e dos municípios atingidos, mas ao mesmo tempo despertou diversas manifestações de solidariedade, o que motivou os desalojados a superar suas perdas. Foi então que surgiu a Vila que leva em seu nome a fatídico dada – Vila 7 de Julho.

Fotos: Acervo Dr. Vitor Almeida / Jayme Barato

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