Opinião

PÁTRIA - por Frei Atílio Galvan

  • Douglas Varela
  • 10/09/2015 08:50
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Recordo de meus tempos idos, em que muito se referenciava a Pátria. Se dizia amada. E por definição “PÁTRIA” é a terra onde se nasce. 
Mesmo antes da ditadura da década de 1960, referenciar a pátria era nota de civismo. Tempos de escola, tempos de sete de setembro, tempo de marchar, mesmo não sabendo do futuro. Homenagens à Pátria querida!
Naqueles tempos o nascimento se dava no lar. Era no berço. Era entre parentes. Era familiar. A amizade nascia com a gente. Mesmo sem consciência disso. Por isso o chão de nascença era tido como sagrado, estimado.
Hoje a gente se pergunta: porque tanta distância emotiva desse torrão natal? Seria resultado do conhecimento da história pátria? Seria a tal da globalização que faz do mundo a terra da gente (diz-se aldeia)? Seria a realidade dos sonhos perdidos? Seria a imprensa que nos traz à luz a realidade? Seria o que os nossos olhos vêm e nosso pensamento traduz?
A verdade é que as perguntas nos vem à cabeça. Antigamente, na infância, a gente se escondia quando o mundo aparecia por lá. Hoje a gente não sabe onde se esconder. A  pátria nem sequer nos perdoa, quanto menos nos ama. É verdade que só desejamos direitos. Os deveres não nos servem. Porém são estes cobrados e aqueles amesquinhados! 
Oh pátria amada das ilusões da infância!.
Hoje, nosso consolo são nossos vizinhos de porta que podemos estimar, confabular, extravasar, querer bem! Também eles ou nós mesmos mudamos muito. Pela migração, talvez!
E se a pátria, ao invés de crescer em grandeza, diminui de tamanho e de estima, cabe-nos unir-nos em torno da cidadania. Afinal, como gente de paz e de amor, cabe-nos crescer em engajamento. Cabe-nos acentuar as pessoas, o próximo! 
Sempre encontraremos razões de amar!. 

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