Polícia

Tutoras responderão criminalmente por maus-tratos de animais em Capinzal

  • Jardel Martinazzo
  • 14/05/2021 10:24
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A Associação de Proteção Animal Faunamiga resgatou na tarde de quinta-feira (13) dois animais em situação de maus-tratos e as duas tutoras responderão criminalmente. Os casos aconteceram no município de Capinzal.

Conforme a presidente a ONG, Evelin Serafini, o primeiro caso foi registrado na comunidade de Alto São Roque, onde uma cadela grávida estava com grave infecção, passou por cirurgia, mas não resistiu e acabou morrendo na manhã desta sexta-feira (14).

Evelin explica que a tutora entrou em contato com a Faunamiga pedindo ajuda no procedimento de cesária, pois a sua cadela não estava conseguindo parir os filhotes. Então, foi explicado como proceder e que teriam custos, pois a cirurgia possui valor alto. Porém, a mulher não atendeu as ligações da Associação.

“Ligamos de outros números para tentar localizar a tutora e buscar o animal, já que a mesma afirmou que não levaria a nenhuma clínica. Sem sucesso, deslocamos uma voluntária na comunidade e chegamos até a residência da família. O animal já se encontrava em estado de choque e a tutora continuou afirmando que se quiséssemos salvar que pegássemos ali, ou deixaria para morrer”, lembrou Evelin.

O animal foi conduzido à clínica veterinária que imediatamente iniciou a cesárea. Conforme relato do médico veterinário, um feto atravessou no útero e inchou, não dando passagem para os outros. O útero rompido já estava em estado de infecção (podre). O caso foi registrado na delegacia de polícia e seguirá para os cuidados e execução juntamente ao Ministério Público.

O segundo caso ocorreu próximo a Escola Municipal Viver e Conhecer, no Loteamento São João. Na ocasião a Polícia Militar foi acionada para auxiliar na retirada de um cão que havia sido adotado por uma moradora, mas a mesma não vinha dando atenção necessária ao animal.

Conforme a Associação, há alguns meses o cão (Apollo) foi adotado e a nova tutora prometeu que daria uma vida digna, já que o animalzinho já tinha sido abandonado quando filhote. Porém, ele não teve o que lhe foi prometido. Mesmo após diversas denúncias de maus-tratos, a tutora não queria devolver a guarda para a ONG, sendo necessária a intervenção policial. Apollo está se recuperando em uma casa de apoio e o caso será encaminhado ao Ministério Público.

Evelin enalteceu a atuação dos policiais civis e militares e do Ministério Público. Ressalta que a nova lei de crimes ambientais prevê uma pena maior aos infratores, passando de um para dois a cinco anos. Para reincidentes, o cumprimento será em regime fechado e, em casos de flagrante, o indivíduo será preso e terá que pagar fiança para ser liberado. Mesmo assim responderá criminalmente. 


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